Telescópio da Nasa capta superbolha brilhante a 160 mil anos-luz da Terra.
O telescópio de raio-X Chandra, da agência espacial americana (Nasa), detectou uma "superbolha" brilhante a 160 mil anos-luz da Terra.
O registro foi feito há dez anos, durante mais de 5 horas, e divulgado nesta quinta-feira (30) após a união de três registros diferentes. Trata-se do aglomerado de estrelas NGC 1929, localizado dentro da nebulosa N44, na galáxia-anã Grande Nuvem de Magalhães, vizinha da nossa Via Láctea.
As estrelas jovens e massivas desse aglomerado produzem uma intensa radiação e expulsam matéria em alta velocidade, o que as faz explodir rapidamente como supernovas – explosões estelares muito violentas, resultantes da morte de uma estrela.
A imagem acima é composta por três capturas diferentes, representadas pelas cores azul, vermelho e amarelo. Em azul, o Chandra flagrou o vento proveniente desses astros e o choque das supernovas que esculpem superbolhas no gás.
Em vermelho, estão dados infravermelhos, que mostram a poeira e um gás mais frio. Jás as informações em amarelo foram obtidas por luz óptica – feitas pelo telescópio Max-Planck, do Observatório Europeu do Sul (ESO), no Chile –, que revelam onde a radiação ultravioleta faz o gás brilhar.
Esta é a primeira vez que os dados obtidos foram suficientes para distinguir as diferentes fontes de raios-X produzidas pelas superbolhas.
O estudo foi liderado pela Universidade de Michigan, nos EUA. Também participaram a Universidade Johns Hopkins, em Maryland, a Universidade de Illinois e o Instituto de Astronomia da Universidade Nacional Autônoma do México.
O programa Chandra é gerenciado pelo Centro de Voos Espaciais Marshall, em Huntsville, no Alabama.
O Observatório de Astrofísica Smithsonian controla as operações científicas e de voo do telescópio em Cambridge, Massachusetts